IDOSOS 60 OU MAIS CUIDANDO DOS CUIDADORES

A atenção aos Idosos no Brasil tem sido prioridade em muitas Organizações Sociais e Públicas com maior ênfase no período pós pandemia.

 

Neste texto estão registrados resultados de estudos e debates sobre esses movimentos com destaque à figura do Cuidador de Idosos ou de seus Acompanhantes.

 

Na cultura ocidental, evidente também no Brasil, há a tradição de se

entender que cuidar de idosos deva ser responsabilidade dos filhos.

 

A própria Constituição Brasileira e muitos dos Livros Religiosos fazem menção a este fator de desenvolvimento social.

 

Diante da realidade dos diversos tipos de famílias, dos sistemas de

Educação e orientação religiosa, há de se atentar para alguns questionamentos:

 

Filhos cuidam dos Pais ou Avós por obrigação?

 

Por AMOR?

 

Por prazer ou dedicação?

 

Porque não há outro jeito?

 

A responsabilidade recai em sobrinhos, outros familiares, amigos,

“conhecidos”?

 

Contratam profissionais?

 

Contratam pessoas não preparadas, mas “bem intencionadas”?

 

Colocam em ambientes especiais para serem cuidados?

 

E os que “fazem de conta” ...?

E os idosos que não têm parentes ou amigos com condições de cuidar?

 

É percebido que famílias e os próprios Idosos não costumam ter, dentre seus objetivos, o preparo para as diversas facetas do envelhecimento. No máximo contratam um plano funerário, esquecendo-se de que até esse desfecho, muitas dificuldades terão que ser enfrentadas.

 

Num certo dia, se dão conta de que um dos seus membros está

requerendo atenção específica, ou seja, tornou-se dependente.

Até então, enquanto o Idoso tinha sua autonomia, a atenção era leve e havia certa interdependência entre os membros da Família, principalmente se contavam com a contribuição financeira para a gestão familiar.

 

“Não sei o que fazer para garantir qualidade de vida ao meu Pai Mãe Avô ....”

 

É o momento em que se constatam limitações físicas, mentais, emocionais e nem sempre motivadas por algum acidente marcante.

 

Mais que de repente, são muitas exigências a serem atendidas, sendo uma delas relacionada ao ambiente em que vive o Idoso, com adaptações que favoreçam sua locomoção sem correr riscos.

 

Junto a isso estão igualmente os cuidados com Alimentação, Cuidados Médicos e de Higiene, cujos itens são mais onerosos se comparados aos demais membros da Família. Medicamentos consomem quase todos os ganhos com aposentadoria para a maioria da população.

 

Os cuidados médicos poderiam ser facilitadores com as indicações e prescrições Clínicas, de Nutrólogos ou Nutricionistas, Gerontólogos, Fisioterapeutas, Cardiologistas, Psicoterapeutas, Psiquiatras, Psicólogos, quando muitas famílias, por comodidade ou limitações financeiras optam pelo Geriatra.

 

Alguns dos citados Profissionais opinam pelo atendimento médico ser feito por especialistas. Embora tenha essa diversidade de opiniões diante de alguns casos até com medicações conflitantes, o assunto continua sendo um transtorno para quem tem um Idoso sob sua responsabilidade. É um assunto a ser muito debatido respeitando cada caso, cada Pessoa Idosa, como Ser Único, merecendo ser tratado conforme sua situação. A maioria se vale do SUS ficando à mercê de todas as dificuldades e carências presentes na região, cidade, localidade, povoado, lugarejo em que resida.

 

Quando se trata de lazer para o Idoso a situação se transforma em

transtorno e quase total inexistência. Dentro e fora do lar o Idoso se envolve em conflitos de gerações sendo sempre o mais prejudicado. Em nome dos interesses pessoais ou escolares, crianças e adolescentes negligenciam a presença do Idoso no contexto das atenções de cada membro da Família. Programas de TV, filmes ou outros atrativos não são acessados facilmente e o Idoso não é priorizado.

 

Um dos temas fortes na atenção ao Idoso refere-se à presença na Família de um Cuidador. É exigida maior importância na análise, nos estudos e debates sobre as diversas “realidades”, as diversas nuances que este assunto requer. Muitos Cuidadores, parentes ou não, muitas vezes também são idosos